domingo, 12 de setembro de 2010

- você está aflita?
eu ficaria, sempre fico.
- você está aflita?
já deixei de fazer sentido.
"não fique triste, meu amor não chore não"
ele cantou para mim, em plena bias fortes.
quero que gravem no meu túmulo
as palavas mais bonitas de um bebado.
me sinto o passo-não-dado que vi na rua, incompleto.
sem ser notado.
esquecido em um canto

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

nada de querida, não quero, não me queira
dai pronto, agora some.

sábado, 22 de maio de 2010

Olhos cor de mel que refletiam o sol da manhã. Atraia borboletas. Quase me encantei com o frescor do momento. Mundos que nem sequer foram imaginados eram sugados pela minha sede de conhecimento. Parei para pensar que por trás de cada um daqueles rostos se escondiam truques para minha nova vida: calor, livros, café. Nisto se resumia. Expressão de uma alma agora, talvez, mais profunda que a propia arte ou a mais perfeita invocação da mesma. Jogos, sentimentos, infância: palavras simpaticas e significados constantes. Eu bebia o licor de toda uma juventude, doce como o mel e atraente como o escarlate. Já gozava de tanto prazer e implorava por mais. Já não me afirmava. Inocente e descuidado, diria até belo.
Atingi a tão aguardada melancolia. Estado de espirito extraordinario que me acalmava a alma. Eu até que gosto destes finais de amores. Amores que duram uma semana deliciosa. Eu queria ter desses sempre. Possui-los fevorosamente a cada semana, imagine só ?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Podia no meu pensamento visualizar e experimentar tudo o que o destino pudesse pensar em realizar. Minha imaginação não tinha fronteiras, mas apesar da vastidão de meus pensamentos, tudo não passava disso, de imaginação, de hipóteses.
Nunca pensei que o destino realmente planejava aquela desgraçada surpresa para mim. Nunca pensei que tudo isso poderia ocupar minha mente de um modo que não fosse totalmente inocente e ambicioso.
Mas num ato impensado de um ser que consegue falar e fazer infinitas futilidades minha calma mental foi perturbada e minha inocência destruída. Um ser que eu desconsiderava digno de qualquer real atenção, agora é o centro de todos os meus pensamentos, e isso me frustra de um modo tão grande.
Não estou apaixonada e sim morrendo de ódio por ter sido vítima desses mediócres atos impensados. Eu realmente me supervalorizava.
Me achava digna de algo realmente grande e importante. Mas o mundo é cruel e injusto e eu precisava sentir isso na carne.